O governo federal vai criar faixas com valores distintos no auxílio emergencial a depender do perfil do beneficiário. A ideia é ter a parcela padrão de R$ 250, como já confirmado pelo presidente Jair Bolsonaro, mas o benefício mensal seria maior para mulheres chefes de família e menor para pessoas que declararem que moram sozinhas.
Os valores serão pagos em quatro parcelas a apenas um membro da família e não poderão ser acumulados. A estratégia do governo é focalizar melhor o auxílio e atingir maior número de pessoas, um universo de 46 milhões de famílias. O gasto está projetado entre R$ 35 bilhões e R$ 36 bilhões.
Ao contrário do auxílio emergencial pago em 2020, a nova rodada deve se a limitar um benefício por família. No ano passado, foi possível que dois membros da mesma família recebessem o auxílio. Agora, o governo quer apenas uma parcela por lar. A limitação, na avaliação da equipe econômica, reduzirá os custos do programa, que foi responsável por quase R$ 300 bilhões dos gastos.
A intenção do governo é começar a pagar o benefício no dia 18 de março para os beneficiários do Bolsa Família. O restante dos trabalhadores deve receber a partir dos últimos dias do mês. Veja quanto será a parcela para cada categoria de beneficiário do novo auxílio, segundo fontes do governo federal:
Auxílio emergencial R$ 250
A parcela de R$ 250 será utilizada como base. Esse valor será destinado às famílias com duas ou mais pessoas, com exceção daqueles com mães chefes de família. Os critérios de renda permanecem os mesmos, ou seja, de meio salário mínimo por pessoa da família (R$ 550) e até três salários mínimos (R$ 3,3 mil) no total, somando as rendas de todos os membros da família.
Auxílio de R$ 375
A ideia é que esse valor seja pago às mulheres chefes de família. Ele é 50% mais alto do que o benefício padrão. Na primeira fase do auxílio emergencial, esse público teve direito ao valor dobrado do benefício, ou seja, R$ 1.200 nos primeiros meses e R$ 600 nas parcelas finais.
Auxílio de R$ 150
Famílias compostas por apenas uma pessoa receberão um valor reduzido, de R$ 150. O governo ainda estuda outros valores para este público, como R$ 125 ou R$ 175.
Medida depende do aval do Congresso
O Ministério da Economia vinha elaborando diferentes modelos, tentando manter o valor total do programa em R$ 30 bilhões. O valor máximo previsto pela pasta chegaria a R$ 40 bilhões.
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*Com informações gazeta