A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira (19), a realização de estudo clínico para avaliar a segurança e a eficácia do medicamento proxalutamida contra a covid-19. As pesquisas devem dizer se o remédio é mesmo capaz de reduzir a infecção viral e o processo inflamatório causados pela doença.
A proxalutamida foi defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, embora não esteja comprovada eficácia. No domingo (18), ao ter alta de um hospital em São Paulo após problemas no intestino, Bolsonaro disse que se a mãe dele fosse infectada pelo vírus, “autorizaria o tratamento dela com proxalutamida”.
O estudo da Anvisa sobre o medicamento será de fase III, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. Participam da pesquisa apenas pacientes ambulatoriais do sexo masculino infectados pela covid de forma leve a moderada. A empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China, patrocina os trabalhos, que serão realizados na Alemanha, Argentina, África do Sul, Ucrânia, México, Estados Unidos e Brasil. No Brasil, participarão 12 voluntários do estado de Roraima e outros 38 de São Paulo.