O governo propôs que o salário mínimo em 2022 seja de R$ 1.169. O valor foi enviado ao Congresso Nacional e foi apresentado na proposta de lei orçamentária anual (PLOA) nesta terça-feira (31), e é superior ao projetado na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que o fixou em R$ 1.147. Esse montante ainda pode ser revisado para cima, já que o cálculo para reajuste considerou um parâmetro defasado da inflação.
A alta da inflação nos últimos meses fez o governo elevar a previsão para o salário mínimo em R$ 22. A previsão inicial era que o salário mínimo em 2022 ficasse em R$ 1.147. Na proposta enviada ao Congresso não há previsão de aumento nos gastos do Bolsa Família, apesar de o presidente Jair Bolsonaro afirmar que quer reajustar o valor médio do benefício, que passará a se chamar Auxílio Brasil.
A equipe econômica não previu também reajustes para os servidores públicos no ano que vem. A proposta contempla, no entanto, a realização de concurso público, após três anos sem provas. Há previsão de ingresso de 41,7 mil novos servidores.
A correção do salário mínimo é feita com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A equipe econômica considerou que o indicador será de 6,20%, o que elevaria o benefício dos atuais R$ 1.100 para os R$ 1.169 propostos.
No entanto, com a pressão sobre preços de alimentos, energia elétrica e combustíveis, a expectativa de mercado é de que esse indicador acelere até o fim do ano.
Para fazer a correção do reajuste do salário mínimo, o governo pode enviar uma mensagem modificativa. Neste ano, o governo terá de enviar essa mensagem para atualizar o valor que pagará de precatórios, cujo acordo está sendo costurado em uma força-tarefa do Legislativo e Judiciário, e atualizar o orçamento do Bolsa Família, que deverá se chamar Auxílio Brasil e atenderá mais famílias, pagando um benefício maior.
*Com informações O Globo