Com a inflação média no Brasil alcançando 9,68% no acumulado em 12 meses até agosto, é cada vez maior o número de regiões com taxas com dois dígitos. Em agosto, foram oito das 16 regiões em que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou acima dos 10%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os preços de gasolina, energia elétrica e carnes estão as principais influências na inflação desses locais.
Agosto é o quinto mês seguido em que há regiões com resultados em 12 meses neste patamar, mas o número de regiões vem aumentando, o que mostra a disseminação desse movimento de preços pelo país. Era apenas uma em abril (Rio Branco), passou para duas em maio (Rio Branco e Campo Grande), quatro em junho (Rio Branco, Fortaleza, São Luiz e Campo Grande) e sete em julho (Rio Branco, Fortaleza, Curitiba, Porto Alegre, São Luiz, Campo Grande e Goiânia) – Manais não é mais pesquisada pelo IBGE.
Até agosto, o maior resultado acumulado em 12 meses entre as 16 regiões foi em Curitiba (12,08%), puxado principalmente pelas altas de gasolina (42,39%), energia elétrica (25,65%) e carnes (32,12%). Os três itens são os que mais vêm exercendo influência na inflação brasileira como um todo, movimento que se reflete na análise regional do índice. No resultado acumulado em 12 meses, eles respondem, juntos, por 3,60 ponto percentual da taxa de 9,68% do IPCA, ou seja, 37,1% da alta.
A segunda maior variação em 12 meses foi observada em Rio Branco (11,97%), puxada neste caso por carnes (45,20%), gasolina (29,46%) e energia elétrica (18,77%). Em seguida aparecem Campo Grande (11,26%) – gasolina (37,58%), carnes (26,88%) e energia elétrica (20,42%); seguida por São Luís (11,25%) – gasolina (43,01%), carnes (37,14%) e gás de botijão (33,87%); Fortaleza 11,20% – gasolina (34,79%), energia elétrica (24,63%) e carnes (26,56%).
Outras três regiões passaram dos 10% no resultado do IPCA em 12 meses: Grande Vitória (11,07%); Goiânia (10,54%) e Porto Alegre, com variação de 10,42%.
*Com informações Toda Hora