Manaus Am – Na noite desta terça-feira (7), uma criança de um ano e cinco meses morreu, durante procedimento de intubação, no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Chapot Prevot, no Colônia Antônio Aleixo, na zona Leste de Manaus. Ao saber da morte da filha, a mãe da criança entrou em desespero e passou a quebrar as dependências da unidade. Para a família, houve negligência por parte da equipe que prestou atendimento a menina. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que todas as manobras de reanimação e procedimentos foram feitos para salvar a vida da criança, mas que diante do caso grave de saúde não foi possível.
O pai da criança Valdério Ferreira, 40, informou que a filha Safira Eloá Monteiro da Silva, estava com pneumonia e havia os primeiros atendimentos em um hopistal particular e após os procedimentos médicos, foi liberada e voltou para casa. Nesta terça-feira, por volta das 14h, apresentou reações e a mãe levou a mfilha para o SPA.
De acordo com o pai, a filha saiu de casa falando e ainda chegou a dizer tchau para a avó e que iria voltar. Na unidade, segundo ele, os médicos iniciaram medicação, mas não surtiu efeito e seguiram com os medicamentos. Num determinado momento, ele informou que falaram para a mãe de Safira, que precisavam intubar a criança para que respirasse melhor.
De imediato, conforme o pai, a mulher negou. “Mas o médico insistiu tanto falando que a minha filha ia morrer nos braços dela (mãe), que ela acabou cedendo. Por volta das 16h, a menina foi levada para uma sala para o procedimento. Segundo o pai, o diagnóstico seria de síndrome respiratória aguda. A mãe acompanhou o procedimento. A criança teve parada cardíaca e os médicos tentaram reanimá-la, mas ela acabou morrendo por volta das 17h.
Ao saber que a filha havia falecido, a mãe, entrou em desespero e ao suspeitar da negligência da equipe médica, passou a quebrar as dependências da unidade. “Ela era a minha segunda filha. Ela foi uma benção nas nossas vidas. Sei que o que fizermos não vai trazer ela de volta, mas vamos procurar nossos direitos”, afirmou Valdério.
O caso foi registrado pela mãe, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Criança e ao Adolescente (DEPCA).
Em nota, a SES esclareceu a paciente, de um ano e seis meses, deu entrada na emergência da unidade com relatos de tosse, coriza e falta de ar há duas semanas, diagnosticada no primeiro atendimento médico com bronquiolite e saturação 85%.
Após nebulização e medicação, a criança não apresentou melhora da saturação e foi informada a necessidade de intubação, o que foi negado pela mãe da paciente. Com a negativa da mãe, os médicos realizaram novas medicações para estabilizar a paciente, porém sem sucesso.
Em nova tentativa, os médicos conseguiram a autorização da mãe para intubação na paciente que já apresentava saturação de 69% e quadro grave de saúde. Após a intubação a paciente teve uma parada cardíaca e mesmo com 12 manobras de reanimação a criança não resistiu, vindo a óbito.
Com a confirmação do óbito, a mãe tentou agredir a equipe médica e de enfermagem e com a ajuda de outra filha iniciaram a depredação da recepção da unidade. A situação foi controlada com a chegada da polícia.
A direção ressalta que todas as manobras de reanimação e procedimentos foram feitos para salvar a vida da criança, mas que diante do caso grave de saúde não foi possível.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) lamenta a morte da paciente e se solidariza com a dor da família.