Manaus – O Casarão de Ideias, espaço cultural localizado no Centro de Manaus, chega ao seu 11º aniversário de fundação a todo vapor. Isso porque, de acordo com o diretor do local, João Fernandes, uma vasta programação está sendo preparada para o mês de abril, levando em consideração todos os protocolos preconizados pelos órgãos de saúde, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
“Ao longo desses 11 anos muita coisa mudou e mudou para melhor! O Casarão se consolidou junto à sociedade, aos artistas, aos seus fazeres. Ampliamos nossas ações, alcançamos novos espaços, mas tudo isso é reflexo das parcerias, trabalhos e projetos que realizamos e continuamos a realizar no nosso Estado”, comentou João.
Assim como todo espaço cultural ao redor do mundo, o Casarão também sofreu forte impacto com a pandemia, mas conforme o diretor do local, “esse foi um momento de reinvenção”. “Tivemos que nos reinventarmos, descobrir tecnologias por onde pouco ‘andávamos’, canais virtuais pouco explorados. Mas com isso, também pudemos diminuir a distância entre as pessoas e ‘forçamos’ o nosso aprendizado com novas funções e ferramentas”.
Para o mês de abril, estão sendo preparadas inúmeras novidades, dentre elas o retorno do café e espaço de leitura do Casarão, nesta quinta-feira (1º), das 15h às 20h. “Diferentemente dos 10 anos, nos 11 anos esperamos presentear a cidade com mais ações culturais e mais projetos, algo que já é o nosso papel”, adiantou ele, lembrando que o funcionamento será de quarta-feira a domingo.
Ainda para o ano de 2021, João revela que projetos pendentes de 2020 e novas ações estão na programação do espaço cultural, o que agrega ainda mais para a cidade. “O Casarão já é algo importante para a cultura a nível local, estadual, nacional e internacional com as nossas ações. Com isso, percebemos que o caminho que temos feito vai ao encontro de uma política cultural que está sendo empregada ao redor do mundo, e isso é muito importante”, ressalta.
Mostra
Na próxima quarta-feira (7), o Casarão recebe a exposição ‘Pelo Direito de Existir’, que trata da campanha de vacinação contra a Covid-19 em povos indígenas. Para João, a iniciativa busca reforçar a valorização daqueles que são peças fundamentais tanto na questão cultural, quanto na questão social da nossa cidade. “São imagens de indígenas sendo vacinados e que merecem ser apreciadas por todos”, reforçou.
Ao longo dos últimos 11 anos, o Casarão foi aprendendo a participar de editais não apenas no Amazonas, mas no Brasil e no mundo, o que permitiu que o espaço cultural fosse desenvolvendo uma lista gigante de projetos em parceria com instituições públicas e privadas, sempre de forma responsável e que alcançam vários nichos sociais, potencializando também os profissionais.
“Não temos como negar a necessidade da arte, da cultura, e o Casarão é uma dessas referências. Se pegarmos equipamentos culturais, teremos em primeiro lugar o Teatro Amazonas como nosso grande templo cultural. Mas se sairmos da esfera pública, o Casarão permeia na memória de muitos manauaras, amazonenses e brasileiros. Ter conquistado isso, mostra que acertamos mais do que erramos. Passamos a ser vitrine e quando somos vitrine, estamos aptos a sermos observados de várias formas, mas a observação mais importante é a do público e das pessoas que consomem nossos produtos culturais”, finaliza João.
*Com informações da assessoria