O ex-assessor especial do Ministério da Saúde, Airton Soligo, conhecido como ‘Airton Cascavel’, responsabilizou a “politização da pandemia” pela demora na compra do imunizante CoronaVac, produzido pelo Instituto Butantan, de São Paulo. Ele afirmou que atuou como pacificador da relação entre a pasta federal e o governo paulista.
Airton contou que foi a São Paulo e retomou o diálogo com o Butantan, uniu governadores e finalmente foi incluída a CoronaVac no Programa Nacional de Imunização (PNI). Ele também lembrou que, no dia 20 de outubro, foi feito o anúncio da compra de 46 milhões de doses do imunizante em evento no Ministério da Saúde, comandado pelo então ministro Eduardo Pazuello.
“Até ali estava tudo pacificado e encaminhado”, relatou.
No dia seguinte, contudo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desautorizou Pazuello de fazer a compra e Airton saiu desta função política. “A partir dali a secretaria-executiva montou um comitê e centralizou o assunto da compra de vacinas”, explicou.
Airton Soligo era tido como o “ministro de fato” pois assumiu várias missões “terceirizadas” por Pazuello.
Residente em Roraima, estado pelo qual foi deputado federal, o ex-assessor de Pazuello disse que viu as cenas terríveis da segunda onda da doença em Manaus e a partir daí chamou para si a missão de ajudar a combater a pandemia. “Meu foco no ministério era a interlocução com prefeitos, governadores, políticos em geral”, disse Soligo.
*Com informações RealTime 1