Política

CPI da Pandemia: Senadores acreditam que CPI já tem elementos para indiciar Bolsonaro

As declarações feitas por membros da CPI indicam que já existem elementos para o indiciamento do Presidente da República. O vice-presidente da Comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirma que o chefe do Planalto poderá ser enquadrado por homicídio qualificado e por “causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos”, conforme previsto no Código Penal. Ele fez questão de destacar que se trata de uma opinião pessoal e não de um texto para o relatório final.

  O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que, como relator, considera importante ouvir a sugestão de Randolfe. Segundo o relator, “provavelmente” o presidente Bolsonaro estará enquadrado em algum crime, “para desespero daqueles que acham que a CPI iria acabar em pizza”. Renan informou que o relatório não tem uma data certa para ser apresentado, mas disse que vai se esforçar para antecipar a entrega do documento. Ele ainda ressaltou que os tipos penais que poderiam enquadrar os indiciados são extensos, mas apontou que a decisão será tomada por toda a CPI.  

“Queremos um desfecho absolutamente verdadeiro, dentro dos limites da Constituição e da legislação brasileira”, destacou Renan.

Para o senador Humberto Costa (PT-PE), o possível indiciamento de Bolsonaro é uma discussão que será feita com o debate sobre o relatório final. O senador apontou o desrespeito às normas sanitárias vigentes e a quebra da garantia de acesso aos serviços de saúde como possíveis crimes que poderiam ser imputados ao Presidente. 

“Eu defendo que sim, que o Presidente da República seja indiciado por crime de curandeirismo, por propor soluções mágicas de doenças que não têm tratamento, o que é uma forma de exercício ilegal da medicina”, argumentou o senador.

Na visão do senador Marcos Rogério (DEM-RO), o relator vai reproduzir “em um pedaço de papel o que ele vem fazendo todo dia, pois já entrou na CPI com a sentença debaixo do braço”. O senador disse que se trata apenas de mais uma narrativa e questionou a competência da CPI para indiciar o Presidente da República. Marcos Rogério pediu respeito à Constituição, chamou a comissão de “circo de horrores” e voltou a dizer que a CPI deveria investigar o Consórcio Nordeste.

*Com informações do Senado

Postagens relacionadas

Deputado Thiago pede distribuição gratuita de água e protetor solar no Amazonas

Redação

Queiroga diz que enfrentamento à pandemia requer união de forças

Redação

Com suspeita de covid, Pazuello não vai à CPI nesta quarta

Redação