A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia incluiu o nome do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) e do ex-secretário de Saúde do Estado, Marcellus Campelo, na lista dos pedidos de indiciamento, em função da crise de oxigênio hospitalar, em janeiro deste ano. A informação foi confirmada pelo relator da Comissão, senador Renan Calheiros (MDB/AL), na manhã desta terça-feira.
O texto do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que pede o indiciamento de Wilson Lima (PSC) foi acatado pelo relator, que decidiu incluir no relatório final da comissão um pedido de indiciamento do governador do Amazonas. Com isso, o número total de indiciados subiu para 80.
Entre as pessoa sugeridas para serem indiciadas estão o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus três de seus filhos: o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Para ser aprovado, o documento precisa receber o apoio da maioria dos membros (ou seis votos). A CPI é composta por 11 senadores titulares (com direito a voto), entre os quais o relator, sendo sete de oposição ao governo Bolsonaro ou independentes. Quatro fazem parte da base governista.
Após a deliberação do plenário da comissão, as sugestões do relator serão encaminhadas aos órgãos de fiscalização e controle, sobretudo o MPF (Ministério Público Federal), por meio da PGR (Procuradoria-Geral da República); e o Ministério Público dos estados (com foco no Distrito Federal e em São Paulo, onde já existem investigações em andamento).