Manaus Am – Na manhã desta sexta-feira (9), na Operação ‘Garimpo Urbano’ realizada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), o ex-titular da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai), Samir Freire da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) e mais dois servidores da pasta foram presos pela Polícia Federal.
De acordo com o Gaeco, o monitoramento e abordagem das vítimas utilizava a estrutura pessoal e de expertise da Seai para atuar na extorsão de atravessadores de ouro, por meio da ameaças para obter vantagens.
Os mandatos foram cumpridos em condomínios da zona Oeste de Manaus e, além do secretário, mais quatro pessoas teriam o mandato de prisão temporária expedido pela Polícia Federal. Foi preso ainda o investigador da Polícia, Jardey Bello, e um servidor da secretaria, identificado até o momento apenas como Jaciel. Este era alvo de mandado de busca e apreensão, mas foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.
Os policiais André Silva e Adriano Frizzo, também acusados de envolvimento no crime, estão foragidos. Os cinco monitoraram e abordaram as vítimas – os transportadores e comerciantes de ouro – usando a estrutura da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência – SEAI, que deveria ser usada justamente para elaborar as estratégias de combate à criminalidade e levantar informações para as operações policiais.
O Governo do Amazonas informou, por meio de nota, que condutas ilícitas de qualquer servidor público estadual não são toleradas e que vai colaborar com as investigações, prestando todas as informações necessárias aos órgãos de fiscalização e à Justiça.
Exonerados
O secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates, determinou à Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para julgar a permanência dos envolvidos na operação policial do MPE e PF nos quadros do sistema de segurança.
