Manaus Am – O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) fez seu primeiro discurso após os atos condenatórios sobre ele serem anulados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. O pronunciamento ocorreu no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo, na região do ABC, Lula falou sobre a atual situação do país e sobre a pandemia, .
“Não tem dor maior para um homem ou mulher em qualquer país do mundo e não ter a certeza de um café com pão e manteiga para tomar. Não tem dor maior para um ser humano para ele do que chegar na hora do almoço e não ter um prato com feijão e farinha para dar ao seu filho. Do que o cidadão estar desempregado e no final do mês não ter um salário”, disse o ex-presidente. “Essa dor que a sociedade brasileira está sentindo agora, me faz dizer que a dor que eu sinto não é nada diante da dor que sofrem milhões e milhões de pessoas e de quase 270 mil pessoas que viram seus entes sofrerem, que viram seus pais, avós, mãe, sua mulher, seu marido, filho ou neto, e sequer puderam se despedir dessa gente na hora que sempre consideramos sagrada: a última visita e a última olhada na cara de quem a gente ama”, acrescentou.
O ex-presidente também agradeceu os trabalhadores do Sistema único de Saúde (SUS), falou sobre a economia e fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro.
”Nem capitão ele era, ele foi promovido porque se aposentou e se aposentou porque queria explodir um quartel. E ainda disse: “Um presidente da República não é eleito para falar bobagem ou fake news. Não é eleito para incentivar a compra de armas como se nós tivéssemos necessitando de armas. Quem está precisando de armas são as nossas Forças Armadas, nossa polícia que muitas vezes sai para a rua combater a violência com um 38 velho, todo enferrujado. Não é a sociedade brasileira. Não são os fazendeiros que estão precisando de armas para matar sem-terra ou pequenos proprietários. Não são milicianos que estão precisando de armas para fazer o terrorismo na periferia deste país, para matar meninos e meninas, sobretudo meninos e meninas negras, que são as maiores vítimas das armas e balas perdidas do país”, afirmou o petista.
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