Manaus Am –Preso na Operação Coleta de Luxo no último dia 28 de abril, o prefeito de Urucurituba (a 218 quilômetros de Manaus), José Claudenor de Castro Pontes, o Sabugo (PT), foi recebido por apoiadores com euforia e aglomeração na quarta-feira, 5, no município. Ele estava acompanhado do deputado estadual Sinésio Campos (PT), que é presidente do partido no Amazonas.
A recepção de Sabugo ocorreu no porto do município no final da tarde. Vestidos com camisas vermelhas – a cor que compõe a identificação visual do governo do prefeito -, os apoiadores cantavam jingles da campanha eleitoral de 2020 e seguravam cartazes com os dizeres “Sabugo do povão”, “riqueza não é o que a gente tem, mas quem a gente tem” e “o cara é solidário, nota 1.000”.
Em passeata, os políticos seguiram para a casa do prefeito e, em cima de um veículo, Sinésio disse que “Sabugo vem passando por provações”, citando a morte do irmão e a operação contra o prefeito. O parlamentar disse que o prefeito é atacado por aqueles “que parece que não se conformam de ter pedido a eleição e tentam de toda forma tramar a paralisação do desenvolvimento de Urucurituba”.
Sabugo afirmou que foi “surpreendido” com a operação do MP-AM (Ministério Público do Amazonas) e disse foi alvo da “maldade” de opositores. “Nós vamos fazer o registro da minha própria, pois a gente não sabe qual vai ser o próximo passo. (Será que vai ser) querer matar o prefeito? Porque não existe limite para a pessoa fazer esse tipo de maldade”, afirmou o prefeito.
Nas redes sociais, o prefeito publicou que já estava de volta a casa dele após “20 dias de licença” do trabalho. Ele agradeceu as pessoas que o acompanharam ao chegar em Itacoatiara (a 175 quilômetros de Manaus) e negou que tenha havido carreata ou passeada nas ruas de Urucurituba, pois do porto da cidade até a casa dele tem “uns 500 metros de distância”.
Na Operação Coleta de Lixo, deflagrada no dia 28 de abril, o MP afirma que Sabugo, seu irmão José Júlio de Castro Pontes, que é representante do município em Manaus, e Eliana da Cunha Melo, secretária de Finanças, contratavam empresas de familiares para coleta de lixo, mas quem executava o serviço era a prefeitura. Segundo o MP, o caso envolve a empresa XF Ramos.
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*Com informações do Amazonas Atual