Política

Ex-secretário de Saúde do Amazonas passa a ser investigado pela CPI

Manaus Am – Quatorze pessoas que prestaram depoimento à CPI da Covid na condição de testemunhas passarão a ser investigadas, entre elas o ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo.

A informação foi confirmada nesta sexta-feira (18) em entrevista coletiva no Senado Federal pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL) e Humberto Costa (PT-PE). A lista terá atualizações semanais, a partir de novas informações, disse Calheiros.

Eduardo Pazuello (ex-ministro da Saúde), Marcelo Queiroga (atual ministro), Ernesto Araújo (ex-ministro de Relações Exteriores), Fábio Wajngarten (ex-secretário de Comunicação Social) são outros que serão investigados. Eles estão sujeitos a quebra de sigilos e operações de busca e apreensão.

Ao se referir ao ministro Marcelo Queiroga, o relator da CPI, Renan Calheiros, diese que ele “mentiu, tripudiou na CPI (no depoimento)”, além de ter “comprado vacina 20% mais caro que o preço da vacina comprada anteriormente” e “em abril tentou vender à OMS um tratamento precoce com cloroquina”.

“Ele não pode continuar com essas atrocidades ou concordar com as atrocidades do presidente”, disse Renan. Na sequência, se referindo ao presidente Jair Bolsonaro, Calheiros afirmou que “tem um louco na presidência da República atentando contra a vida todos os dias”.

Renan afirmou que essa mudança na condição de algumas pessoas, passando de testemunhas para investigados acentua um “momento importante da investigação”. O relator explica que, em relação a essas pessoas, os membros da comissão já tiveram acesso a provas e indícios que justificam essa mudança de patamar das investigações.

Em depoimento na CPI na terça-feira passsada (15), Campêlo irritou os senadores em mais de uma oportunidade por suas afirmações. Uma das declarações foi que faltou oxigênio de Manaus em apenas dois dias, 14 e 15 de janeiro.

No depoimento ele também negou que o Amazonas tenha sido usado como teste para a tese da imunidade de rebanho e citou a falta de profissionais especializados e de leitos de UTI como uma das causas de muitas mortes em Manaus e no Amazonas.

Relação de investigados:
Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde
Élcio Franco, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde
Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social da Presidência
Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde
Paolo Zanoto, virologista, suspeito de fazer parte do gabinete paralelo
Hélio Angotti, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde
Francielle Fantinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI)
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
Carlos Wizard, empresário
Arthur Weintraub, ex-assessor da presidência da República
Nise Yamaguchi, médica defensora da hidroxicloroquina
Marcellus Campelo, secretário de Saúde do Amazonas
Luciano Dias Azevedo, médico que redigiu proposta de mudança da bula da hidroxicloroquina
Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores

Fonte: Amazonas Atual

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